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Thursday, January 11, 2007

Jornalismo da era digital

O Jornalismo na Era Digital

"Como a luneta astronômica, o microscôpio ou os raios X, a interface digital alarga o campo do visível".
Pierre Lévy (As Tecnologias da Inteligência)

O advento de um novo ambiente comunicacional, multimidiático, está alterando um modelo que por muito tempo orientou a comunicação de massa. As atuais tecnologias de comunicação - a mídia impressa, o rádio e a televisão - distribuem informação baseadas no modelo de "um para muitos". O desenvolvimento da tecnologia de transmissão digital de dados via redes de computadores opera uma modificação no modelo de comunicação vigente: a audiência, além de ter acesso a um maior número de informações de maneira rápida e diversificada, passa a poder produzir e disponibilizar suas próprias informações nas redes de comunicação ¹.

Embora essa transformação no modelo comunicacional esteja no início e as pessoas ainda tenham uma relação pouco interativa com o meio digital, as mídias tradicionais já perceberam que estão diante de um quadro novo e que é preciso investir em novas tecnologias para acompanhar o ritmo das mudanças. Hoje, as mais importantes companhias jornalísticas no mundo possuem Web sites com versões digitais de seus principais produtos editoriais e a tendência é que estas empresas ampliem seus investimentos no setor de mídias interativas.

A entrada de jornais e revistas na Internet inaugura um novo veículo de comunicação que reúne características de todas as outras mídias e que tem como suporte as redes mundiais de computadores. O jornalismo digital representa uma revolução no modelo de produção e distribuição das notícias. O papel (átomos) vai cedendo lugar a impulsos eletrônicos (bits) que podem viajar a grandes velocidades pelas auto-estradas da informação. Estes bits podem ser atualizados instantaneamente na tela do computador na forma de textos, gráficos, imagens, animações, áudio e vídeo; recursos multimídia que estão ampliando as possibilidades da mídia impressa.

As primeiras experiências de jornalismo digital se deram nos Estados Unidos, nos anos 80, a partir de sistemas de videotexto produzidos por empresas como a Time, Times-Mirror e a Knight-Ridder. No final da década, com a ainda incipiente expansão da Internet, jornais digitais eram mantidos por empresas de serviços online, como a American Online e a Prodigy.

Em 1993, apenas 20 jornais estavam online, todos eles norte-americanos. Atualmente, existem na Internet mais de dois mil jornais e cerca de quatro mil revistas digitais, segundo levantamento realizado por Eric Meyer, consultor norte-americano em mídia. De acordo com ele, 50 novos jornais entram na Web a cada mês, uma taxa de crescimento que vem se mantendo estável nos últimos tempos ². Estes números revelam que é cada vez maior o interesse de grupos editoriais pela mídia online e é fácil entender o porquê, já que este novo meio abrange milhares de consumidores ávidos por informação e entretenimento.

O advento da World Wide Web, em 1989, foi decisivo para este boom de publicações na Internet, possibilitando uma melhor adaptação de jornais e revistas ao suporte digital. Pela primeira vez, a rede ganhava uma interface gráfica amigável, baseada em hipertexto e multimídia, que permitia aos usuários acessarem qualquer informação com um simples clique do mouse. Já não era mais preciso aprender uma série de comandos complicados para navegar na Internet. Desta forma, ela se tornou muito mais interessante e fácil de acessar, atraindo um grande número de internautas que já somam mais de 40 milhões em todo o mundo.

A Web é uma "teia" de proporções gigantescas que conecta banco de dados e computadores espalhados por todo o mundo. Segundo estimativas do Instituto de pesquisa norte-americano Forrester Research (http://www.forrester.com/), 170.000 páginas estão surgindo na Web a cada dia. Outras estimativas apontam que a WWW é a parte da Internet que mais cresce, dobrando de tamanho a cada quatro meses. Segundo o jornalista e especialista em mídia interativa, Steve Outing, 94% das publicações digitais estão disponíveis na Web e a tendência é que este percentual aumente com o surgimento de novos periódicos eletrônicos, principalmente jornais e revistas de pequena circulação ³.

Os baixos custos de produção de um site na Web representam outro fator determinante para o crescimento do setor de editoração online. Um número cada vez maior de publicações de pequeno porte tem lançado suas versões eletrônicas na Internet, disputando espaço com gigantes das companhias jornalísticas. Mesmo nos casos de publicações de grande circulação, é mais barato produzir uma edição eletrônica do que o seu equivalente impressso. Nos Estados Unidos, por exemplo, para lançar uma revista mensal, de alcance nacional, gasta-se cerca de 15 milhões de dólares. Na Internet, este valor cai para 100 mil dólares, com a vantagem de que ela estará acessível para todo o mundo.

De 1995 para cá, os sites noticiosos evoluíram bastante e passaram a explorar de forma mais adequada e criativa os recursos da World Wide Web. As melhores publicações digitais hoje vão além da simples transposição do conteúdo editado em suas versões impressas e disponibilizam dados e informações complementares que ficaram de fora da edição em papel, além de matérias exclusivas para a Web com links para outros sites, áudio, vídeos, animações e outros elementos de multimídia. Além disso, nestas publicações, o leitor tem acesso a bancos de dados, arquivos eletrônico com edições passadas, fóruns de discussão e sistema de bate-papo em tempo real, mecanismos de busca em classificados online, notícias atualizadas a todo o instante e uma série de outros serviços, só possíveis graças ao suporte digital.

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