Carnaval 2007

17/02/2007 - 00h14
Com desfile morno, Imperador do Ipiranga abre Carnaval sem comprometer

O público recebeu com pouco entusiasmo a primeira escola de samba a desfilar no Anhembi (zona norte de São Paulo). Campeã do grupo de acesso no ano passado, a Imperador do Ipiranga abriu o Carnaval paulistano com o enredo "Siderurgia forte constrói mundo de aço".
A comissão de frente "Os Primatas" trouxe uma alegoria representando um vulcão. A coreografia fez alusões ao domínio do fogo pelo homem (o que possibilitou o processo de fundição e conduziu o homem à Idade dos Metais).
Cristiane Cuozzo, rainha da bateria da Imperador do Ipiranga, em desfile no Anhembi
A escola fugiu à regra e trouxe as baianas antes do carro abre-alas. Elas vieram em fortes tons de amarelo e dourado. No geral, porém, a agremiação da zona sul fez um desfile sem surpresas.
Com uma escultura de 40 metros, o carro abre-alas homenageou o Egito, assim como a ala logo depois ("Metal da Cor do Sol").
Amarelo, laranja, vermelho e branco foram as principais cores na combinação com o dourado na maioria das 25 alas, especialmente as primeiras. Já o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Fabinho e Edna, veio em prata e vermelho.
A escola apresentou cinco carros, entre eles um em homenagem à China, a maior produtora de aço do mundo. Após a alegoria, a ala "China" trouxe fantasias em roxo, fugindo dos tons predominantes do início do desfile, que ao fim ganhou cores mais variadas, como o verde e o azul.
Em um momento retrô, um dos carros trouxe uma escultura de Fusca, com crianças com perucas coloridas representando operários. Já outro exaltou a importância da siderurgia no país, com elementos brasileiros --uma enorme arara, índios e tucanos.
O último carro apresentou a coroa símbolo da escola. A alegoria chegou a apresentar uma pequena dificuldade de locomoção ainda na concentração, mas o problema foi resolvido a tempo de não prejudicar o desfile.